“Jó está nas igrejas” é vida real, sem encantamento; é dor experimentada no espaço existencial, mesmo o religioso; é grito, agonia, sofrimento, estreitamento, prova, fdelidade, lealdade; é a capacidade de ver a Deus em meio a todo silêncio que uma não resposta divina pode trazer ao coração humano. “Jó está nas igrejas” é a descoberta de que o “cuidado de Deus” não é resultado de expiações nem de santifcações periódicas, pois ele pode vir a nós e se manifestar com outras faces: algo da ordem do desconhecido, estranho, misterioso e paradoxal. “Jó está nas igrejas” é poder gritar, discordar, revoltar-se; é poder ser quem você é; é poder tratar a dor não como fato expiatório, mas como pedagogia que nos leva à indivisível verdade por trás do sofrimento: a descoberta de quem realmente nós somos e quem é Deus no seu papel aparentemente passivo de esperar nossa resposta à provocação feita por shatãn: tira as benesses dele e ele te negará.